terça-feira, 7 de setembro de 2010

Com grande atuação de Scola, Argentina elimina o Brasil no Mundial de basquete

Ala-pivô marcou 37 pontos e acabou com as esperanças brasileiras

Aris Mesinis/AFP
Num jogo tão equilibrado, o ala-pivô Luis Scola mostrou que no basquete o craque também faz a diferença: melhor jogador do Mundial de basquete, ele foi o principal responsável pela vitória da Argentina sobre o Brasil por 93 a 89, nesta terça-feira (7), pelas oitavas de final da competição.veja as melhores imagens da partida

Com o resultado, a Argentina enfrenta a Lituânia nas quartas de final, enquanto o Brasil está eliminado. Scola terminou o jogo com 37 pontos. O cestinha brasileiro foi Marcelinho Huertas, com 32 pontos.

O duelo só foi decidido no último quarto, onde pesou a maior experiência e tranquilidade da equipe alviceleste. Assim como aconteceu nas derrotas para os Estados Unidos e a Eslovênia, os brasileiros se deixaram levar pela pressão e cometeram muitos erros nos momentos decisivos.

Classificada para as quartas, a Argentina agora enfrenta a Lituânia - que passou pela China - na próxima quinta-feira (9). No mesmo dia acontece Estados Unidos x Rússia. A definição da outra semifinal acontece já nesta quarta-feira (8) com Sérvia x Espanha e Turquia x Eslovênia. A decisão está programada para o próximo domingo (12).

Maior pontuador e melhor jogador da competição, Luis Scola foi bem marcado, mas ainda assim fez outra grande partida e marcou 37 pontos, oito acima da média que havia estabelecido na primeira fase. Pelo lado brasileiro, Marcelinho Huertas fez uma grande partida, com 32 pontos, mas isso não foi suficiente para o Brasil vencer.

O jogo
Campeão olímpico em 2004 e vice mundial em 2002 com a Argentina, o técnico do Brasil, Rubén Magnano, surpreendeu na escalação inicial ao deixar Tiago Splitter no banco. O quinteto verde-amarelo titular foi formado por Marcelinho Huertas, Alex, Leandrinho, Guilherme Giovannoni e Anderson Varejão.

Sem poder contar com os dois principais jogadores do país, Manu Ginóbili e Andrés Nocioni, que não foram à Turquia, Sérgio "Oveja" Hernández começou com Fabrício Oberto. O jogador havia perdido quatro das cinco partidas da primeira fase devido a uma infecção intestinal.

Principal jogador argentino, Luis Scola foi muito bem marcado pela defesa brasileira e, sem espaço para jogar com o ala-pivô, a Argentina passou a apostar nos chutes de três. Uma aposta acertada, já que eles converteram cinco de seis arremessos de longa distância somente no primeiro quarto, que terminou empatado em 25 pontos.

Leandrinho e Marcelinho eram os melhores atletas em jogo, enquanto Splitter demorava a se encontrar na partida após entrar na metade final da primeira parcial. Uma série de contra-ataques desperdiçados, porém, proporcionou aos argentinos reabrirem quatro pontos de vantagem: 34 a 30.

A arbitragem foi motivo de contestação para Magnano após uma suposta falta cometida por Nezinho. Com três lances livres, a Argentina chegou a 39 a 35 a três minutos do intervalo, mas uma bola de três de Marcelinho colocou o Brasil de volta à partida.

Em um lance de sorte após um ataque mal planejado, Huertas acertou de longe e ainda ganhou a falta, empatando em 46 a 46. Na sequência, Gutierrez fez nova falta no armador verde-amarelo. Hernández parou o jogo, mas o brasileiro converteu os dois lances livres e o Brasil foi para o intervalo com 48 a 46 no placar.

O Argentina voltou da pausa com má pontaria e o Brasil abriu sete pontos na frente: 55 a 48, mas Carlos Delfino converteu uma bola de três e fez a grande torcida argentina presente em Istambul se levantar. Os brasileiros passaram então a viver uma pane e os adversários encostaram em 55 a 54.

O susto acordou o Brasil, que voltou a possuir uma vantagem entre quatro e seis pontos, mas novos vacilos permitiram o empate em 63 pontos. Leandrinho entrou em quadra pela primeira vez no segundo tempo e, com uma cesta no segundo final, a Argentina evitou que os brasileiros entrassem no último quarto em vantagem: 66 a 66.

De cara, o agora jogador do Toronto Raptors meteu duas bolas de três na etapa decisiva. O problema é que a Argentina deu o troco da mesma forma através de Hernan Jasen. Leo Gutierrez, de longe, colocou o time alviceleste com 77 a 74.

Mais tranquilos, os argentinos conseguiram se manter na ponta e ainda provocaram a exclusão de Giovanonni do jogo, com cinco faltas. Os erros ofensivos se sucederam e, carregado de faltas, Leandrinho cedeu seu lugar para Marquinhos. Ainda assim, o confronto seguiu extremamente equilibrado, mas Scola fez a diferença no final e a Argentina assegurou vaga na próxima fase.

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